top of page

Uso e abuso de laxantes

Em 2007, estima-se que 32% das famílias americanas compraram laxantes.



Importância do assunto

Apesar de se dizer que alguns tipos de laxantes são naturais, alguns nessa categoria são nocivos ao intestino e podem causar efeitos colaterais e complicações. Muitos indivíduos utilizam laxantes com a idéia de que promovem redução de peso. Nos Estados Unidos, algumas marcas de laxantes prometem perda de peso rápida e saudável o que atrai interessados sobretudo nas faixas etárias mais jovens.

O abuso de laxantes geralmente acompanha distúrbios alimentares como bulimia e anorexia nervosa.

Pessoas podem recorrer ao uso de laxantes como forma de aliviar sintomas que requerem investigação médica pois podem significar a presença de doenças graves.

Alguns indivíduos afeitos ao uso de suplementos alimentares como por exemplo atletas de alta perfomance usam continuadamente laxantes ou associações de laxantes potencialmente prejudiciais pois acreditam que seu uso esteja associado a bem-estar ou fazer bem à saúde.

Laxantes são utilizados sob orientação médica no tratamento da constipação intestinal. A constipação intestinal representa a segunda causa mais freqüente de visitas a gastroenterologistas. Estima-se que atinja 20% da população norte-americana, e é mais freqüente em mulheres.

Laxantes são úteis no tratamento da constipação intestinal (o popular intestino preguiçoso). No entanto, o uso prolongado de alguns tipos de laxantes produz efeitos indesejáveis como dependência e menor função do intestino grosso.

Laxantes são úteis e têm indicação médica precisa. Se seu intestino não funciona adequadamente e você ingere uma boa quantidade de fibras, você é candidato a usar laxantes. Procure seu médico para que ele defina qual o tipo mais adequado para você.

O que são laxantes?

Laxantes são substâncias utilizadas para promover o funcionamento intestinal. Laxantes podem ser alimentos, suplementos ou remédios.

São mais frequentemente classificados de acordo com seu mecanismo de ação.

Você pode ingerir laxantes na forma de comprimidos, pó efervescente ou não, geléia, xaropes ou suspensões ou por via retal na forma líquida ou de supositórios.

Para que servem os laxantes ou quando estão indicados?

Laxantes são utilizados sob orientação médica no tratamento da constipação intestinal.

São empregados quando a simples adoção de uma dieta rica em fibras (cerca de 30 a 40g diárias de fibra alimentar) não é suficiente para controlar os sintomas da constipação (baixa freqüência de evacuações, distensão e dor abdominal, gases e empachamento).

Como agem os laxantes? Quais são os tipos?Tipo de laxante (exemplo)AçãoEfeitos colateraisLaxantes osmóticos (sal amargo, lactulose, manitol, sorbitol, polietilenoglicol e leite de magnésia)Substância que chegam inertes ao intestino grosso e uma vez lá, “puxam” água para o interior do cólon a partir de tecidos vizinhosDiarréia, desidratação, flatulência, distúrbios de sais minerais e insuficiência renal em pacientes idosos ou com lesão renal préviaFormadores de bolo fecal (farelo de trigo, ispaghula husk, psylllium, metilcelulose e policarbofila)Partículas que aborvem água levando à formação de fezes volumosas e fáceis de serem eliminadas e estimulando a contração da musculatura intestinalDistensão abdominal, gases, flatulência e diarréiaIrritantes ou estimulantes (bisacodil, Senna e docusato sódico)Provocam contração da musculatura intestinal com o objetivo promover a evacuaçãoCólicas por vezes fortes, dor abdominal, diarréia e náuseas

Laxantes produzem perda de peso?

Laxantes obtêm como resultado de sua ação uma maior quantidade de água nas fezes. Como resultado, ocorre perda de peso instantânea como resultado da eliminação dessa maior quantidade de água presente nas fezes no interior do intestino.

Laxantes não promovem maior eliminação ou menor absorção de calorias pois a maioria dos nutrientes e calorias ingeridos já foi absorvida pelo intestino delgado antes de o bolo alimentar atingir o intestino grosso (onde agem os laxantes) e se transformar em fezes.

O que ocorre é que a maioria das pessoas que se vale de laxantes para promover emagrecimento, os usa em altas doses. Como resultado da diarréia freqüente, há uma sensação permanente de esvaziamento do abdome, o que provavelmente corresponde à verdade. E, nesses pacientes, mais preocupados com perda de peso e com a aparência, do que com a saúde, essa sensação é geralmente bem-vinda.

O uso prolongado de laxantes faz mal à saúde?

Como com qualquer substância há riscos associados ao uso isolado ou prolongado de laxantes. O tipo de complicação mais freqüente depende do tipo de laxante utilizado.

As complicações podem ser divididas entre as agudas (aquelas que ocorrem após uma única dose de laxante) e as crônicas (aquelas associadas ao uso prolongado de laxantes).

Dentre as complicações agudas, a mais importante é a desidratação resultante de uma grande perda de líquido nas fezes. Os pacientes de maior risco para essa complicação são os idosos e aqueles com mal funcionamento dos rins. A diarréia depende da dose. O curioso é que a diarréia forte é mais freqüente entre aqueles indivíduos que usam laxantes para controle do peso ou emagrecimento. Esses indivíduos tendem a usar doses maiores. Associadamente, sofrem de outros distúrbios alimentares, o que pode levar a quadros clínicos de graves descompensações. A desidratação está mais frequentemente associada ao abuso de laxantes osmóticos.

Dentre as complicações crônicas, a mais preocupante é a dependência de laxantes. Os laxantes irritativos ou estimulantes produzem seu efeito como resultado de estimulação da contratilidade do intestino. Como resultado desse mecanismo de ação, produzem algum grau de lesão neurológica no intestino. Como efeito, o intestino, com o uso prolongado, pode ficar dependente do laxante para funcionar normalmente. A conseqüência disso é que o paciente acaba aumentando a dose de laxante e com o aumento da dose, o risco de complicações agudas como a diarréia, a desidratação e as cólicas abdominais fortes aumentam. Quando laxantes utilizados cronicamente e em altas doses são suspensos, há necessidade de readaptação do intestino. Como resultado, o intestino pode levar algum tempo até voltar a funcionar normalmente.

Como fazer então para suspender o uso prolongado de laxantes? A resposta é que laxantes irritativos devem ser trocados por laxantes osmóticos ou por formadores de bolo fecal. Associadamente há necessidade de aumentar a ingesta de água e de fibras na dieta. Nem sempre é facial realizar essa troca. A maioria dos pacientes volta a sentir os sintomas de constipação uma vez que como resultado da maior ingesta de água e fibras necessária à readaptação, o intestino desses pacientes volta a se tornar mais cheio do que anteriormente.

Outros riscos do uso de laxantes

Laxantes prejudicam a absorção de medicamentos. Dessa forma, pacientes em terapia anticoagulante (remédios “para afinar o sangue”), em uso de alguns antibióticos (como a tetraciclina e o ciprofloxacin) e em uso de remédios para a hipertensão podem precisar de ajuste na dose de sua medicação habitual.

Algumas doenças que se manifestam na forma de constipação podem ter sua apresentação mascarada ou disfarçada pelo uso de laxantes. Dentre elas, a obstrução intestinal eventualmente causada por um tumor ou por uma diverticulose grave do intestino precisam ser afastadas antes do início do tratamento com laxantes.

Dicas para uma vida saudável e para o bom funcionamento do intestino

  1. Pratique exercícios com regularidade. Tinta minutos pelo menos três vezes na semana são suficientes para uma vida saudável, ajudam no funcionamento intestinal e diminuem o risco cardiovascular. Se esses trinta minutos puderem der diários, melhor.

  2. Beba vários copos de água por dia, pelo menos oito. No verão, use sucos naturais, isotônicos ou mesmo sucos artificiais que são fáceis de preparar e rerescantes.

  3. Reserve um tempo para ir ao banheiro. Não tenha pressa para o funcionamento intestinal. Porém evite ficar sentado lendo no vaso sanitário por mais do que quinze minutos.

  4. Tome iogurte. Iogurte e outros preparados são, via de regra, ricos em probióticos. Probióticos são microorganismos que ajudam na manutenção de um intestino saudável.

  5. Coma fibras. Favoreça a ingesta regular de legumes, verduras e cereais. Sempre inclua um desses nas refeições.

bottom of page