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CIRURGIA
ENDOSCÓPICA
TRANSANAL

O que é

Consiste no emprego de técnicas de videocirurgia para o tratamento de doenças retais, mais frequentemente a ressecção cirúrgica de lesões benignas e inicialmente malignas do todo o reto.

Quais são os tipos?

Existem fundalmentalmente dois tipos de cirurgia endoscópica transanal: TEM e TAMIS.

microcirurgia endoscópica transanal ou TEM (do inglês: Transanal Endoscopic Microsurgery) foi idealizada e divulgada por Gerhard Buess em 1983. A principal característica dessa forma de tratamento minimamente invasiva é que emprega uma plataforma cirúrgica específica – TEO (Transanal Endoscopic Microsurgery – Karl Storz) com retoscópio dedicado ótica especial e instrumental específico. O equipamento é integrado ao equipamento de videolaproscopia convencional.

Quando usamos TAMIS, técnica descrita por Atallah e cols. (2009 – do inglês: Transanal Minimally Invasive Surgery), empregamos instrumental e ótica de víudeocirurgia convencional através de um dispositivo de acesso único descartável instalado no ânus.

Quais as principais vantagens?

Empregando o acesso videocirúrgico através do ânus ao invés do acesso cirúrgico convencional (interface de vídeo, iluminação, insuflação, fontes de energia e instrumentais), é possível:

  • Ter acesso a todo o reto, inclusive o reto superior

  • Operar com melhores condições de visibilização proporcionadas pela insuflação do reto por gás carbônico e pela magnificação de imagem permitida pelo equipamento de videocirurgia

  • Documentar o procedimento.

 

Como resultado:

  • Lesões benignas ou malignas iniciais localizadas em qualquer parte do reto podem ser operadas

  • É possível remover a lesão inteira o que é de especial importância para definir suas características microscópicas

  • Remover lesões com menor risco de recidiva.

Quais as indicações?

A principal indicação é a possibilidade de remover lesões retais para os quais a retirada por via transcolonoscópica não pôde ou não deve ser realizada.

Essas lesões incluem lesões benignas do reto (adenomas) ou lesões malignas (carcinomas) para os quais o tratamento cirúrgico por ressecção local isolada (sem necessidade de remover todo o reto) foi indicado.

Qual anestesia é utilizada?

Para insuflar o reto com gás carbônico (criação do pneumorreto) de forma a viabilizar a cirurgia endoscópica transanal, é necessária anestesia geral.

É necessário preparo intestinal antes da cirurgia?

Sim, completo.

Porque por força de características da lesão, ou, mais raramente, para o tratamento de complicações, pode ser necessária a retirada do reto por via laparoscópica.

É possível operar lesões em qualquer localização no reto?

Sim.

Cânceres podem ser removidos por microcirurgia endoscópica transanal?

Sim. Os carcinomas iniciais ou superficialmente invasivos com características especiais macroscópicas e microscópicas podem ser tratados com intenção curativa com bon resultados por meio da ressecção local empregando cirurgia endoscópica transanal.

Microcirurgia endoscópica transanal pode evitar uma colostomia?

Indiretamente, sim.

Ao considerarmos que lesões benignas muito volumosas podem ser completa e adequadamente retiradas com a cirurgia endoscópica transanal;

Ao considerarmos que as recidivas são mais raras após cirurgia endoscópica transanal, e

Ao considerarmos que lesões inicialmente malignas particulares localizadas no reto distal podem ser tratadas pela cirurgia endoscópica transanal, e

Que todas esses cenários implicam em maior risco de uma derivaçãoo temporária ou definitiva,

Concluímos que a resposta é SIM.

Quais são os riscos e complicações?

As complicações após cirurgia endoscópica transanal são raras.

Precocemente, podem ocorrer sangramento e perfuração do reto.

O sangramento pode ser controlado pela hemostasia empregando a colonoscopia.

A perfuração do reto não diagnosticada durante a cirurgia transanal, mais frequentemente, demanda tratamento cirúrgico de urgência.

Por isso, é importante, para a realização da cirurgia, a disponibilização de uma equipe de especialistas com experi6encia com o método.

Como devem ser os cuidados no pós-operatório?

A alta pode ocorer no mesmo dia porém mais frequentemente optamos pela alta no dia seguinte.

Não há necessidade de qualquer dieta.

Antibióticos podem ser empregados em situações especiais.

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